Uma das questões mais delicadas nas tradições católicas é a exigência do celibato para os sacerdotes, que precisam abdicar da possibilidade de construir uma família para seguir o ministério.
O papa Francisco, que já admitiu que a exigência do celibato não é um dogma de fé, mas apenas uma tradição da igreja, voltou a falar no tema essa semana.
Durante uma entrevista, concedida na última quarta-feira, 19 de fevereiro, o papa afirmou que o fim do celibato é um assunto para o qual ele tem dedicado parte de seu tempo.
“Isso está presente na minha agenda”, disse Francisco aos jornalistas. A possibilidade do fim do celibato obrigatório abre inúmeros debates sobre a liturgia católica, pois atualmente os padres ocidentais que se casam tornam-se impedidos de conduzir celebrações religiosas.
De acordo com informações do iG, a punição aos padres que se casam não é aplicada a padres dos países orientais, onde o rito da Igreja Católica permite que o sacerdote continue em sua função caso se case.
Em outras oportunidades, Francisco já havia dito que nutre um “apreço” pelo celibato, porém entende que o tema precisa ser revisto, afinal, para muitas pessoas parte dos casos de pedofilia e homossexualidade dentro da Igreja Católica se deve a isso.
“A Igreja Católica tem padres casados, católicos, gregos, católicos coptas e no rito oriental. Não é um debate sobre um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio muito e que é um dom para a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta (à discussão)”, afirmou o papa em maio de 2014, durante a viagem de volta a Roma depois de sua visita a Israel.
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